Vivemos num mundo pequeno.
Na última grande viagem que fiz passei por uma floresta tropical na Malásia. Mata densa, chilreio de aves exótica e “conversa de macacos” por todo o lado, cobras a espreitar pelas copas de árvores extraordinárias, em que galhos se confundem com raizes. Depois de uma viagem de barco por um rio que serpenteia esta luxúria verde, cheguei a uma velha jangada de madeira convertida em “welcome center” da selva. Aliás, era mais um bar flutuante, fechado, muito rudimentar, estacionado num das margens. O espaço era despido de decoração. Mas, por entre velhas e instáveis mesas e cadeiras de madeira vi uma parede que contrariava a nudez das outras: nela pendia um poster do Cristiano Ronaldo!
Tinha eu viajado para os antípodas, de Portugal para o meio do nada, e dei com o capitão da seleção nacional de futebol a fitar-me num poster.
O mundo das locuções também pode ser bastante pequeno. O meu colega Richard Wells que o diga:
“A minha mulher andava com problemas em adormecer. No seu ginásio viu um CD, à venda, destinado a ajudar pessoas a relaxar, a sentirem-se mais zen.
Curiosa em experimentá-lo, inclinou-se sobre o leitor e premiu play. Adivinhem a quem pertencia a voz suave e tranquilizante do CD?
Sim.
A mim.
A pessoa que, provavelmente, foi principal razão principal da sua falta de sono!”
Richard, teria sido mais curioso se ela tivesse adorado o CD sem reconhecer a tua voz! 😉
Se precisar de um locutor inglês veja o bom trabalho de Richard Wells no site www.speakeasy.be
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